Estamos resolvendo o problema certo quando falamos em melhorar a experiência do nosso produto?

A jornada do usuário: um labirinto de necessidades

Quando pensamos em criar um novo produto ou serviço, a primeira pergunta que devemos fazer é: qual problema estamos realmente resolvendo? Essa questão pode parecer simples, mas a resposta nem sempre é tão óbvia quanto parece.

Muitas vezes, empresas e equipes de produto acabam desenvolvendo soluções para problemas que elas acham que os usuários têm, baseando-se em intuições e suposições. No entanto, essa abordagem pode levar a produtos que não atendem às necessidades reais dos clientes, resultando em baixa adesão e alta taxa de abandono.

Entendendo as necessidades: a chave para o sucesso

Para garantir que estamos no caminho certo, é fundamental realizar uma pesquisa profunda sobre as jobs to be done dos nossos usuários. Essa metodologia, que busca entender as tarefas que as pessoas precisam realizar e as razões pelas quais elas as realizam, nos permite:

• Mapear perfis de usuários: Identificar os diferentes tipos de pessoas que interagem com o nosso produto e suas características únicas.

• Descobrir necessidades latentes: Encontrar problemas que os usuários ainda não sabem que têm, mas que podem ser resolvidos com o nosso produto.

• Desenvolver soluções personalizadas: Criar produtos e serviços que se adaptam às necessidades e aos contextos de uso dos diferentes perfis de usuários.

• Aumentar a retenção: Ao oferecer soluções que realmente resolvem os problemas dos usuários, aumentamos a satisfação e a fidelidade, reduzindo o churn.

Como aplicar a pesquisa Jobs to Be Done no seu projeto?

1. Defina o escopo: Determine quais são os objetivos da sua pesquisa e quais informações você precisa coletar.
   

2. Identifique os stakeholders: Envolva todos os stakeholders do projeto, desde o cliente até a equipe de desenvolvimento e mantenha-os constantemente atualizados e comprados com sua ideia. É muito importante encontrar patrocinadores da sua ideia que enxerguem o benefício do seu trabalho.
   

3. Escolha a metodologia: Existem diversas técnicas de pesquisa que podem ser utilizadas, como entrevistas, questionários, observação e testes de usabilidade. Quanto mais dados quantitativos, mais bem vista a pesquisa vai ser. Mas nunca dispense a boa e velha conversa com seu cliente, ela é uma poderosa abordagem nesse tipo de estudo.
   

4. Colete os dados: Realize a pesquisa com um número representativo de usuários e colete dados qualitativos e quantitativos. Agrupe e categorize essas informações de forma visual.
   

5. Analise os dados: Identifique os padrões de comportamentos encontrados a partir dos dados coletados para ajudar a definir os perfis da sua base. É importante que esses perfis sejam pautados em tarefas, evitando que criemos personas fictícias que nos levem a enviezar nossa solução.
   

6. Desenvolva um landscape de oportunidades: A partir de perfis encontrados e suas necessidades, coloque tudo em um gráfico de oportunidades e ajude os stakeholders a ter uma ideia visual das possibilidades de melhorias que mais irão gerar valor para seu produto.
   

7. Desenvolva a solução: Utilize os insights da pesquisa para criar um produto ou serviço que atenda às necessidades dos usuários de forma eficaz.
   

Conclusão

A pesquisa Jobs to Be Done é uma ferramenta poderosa para garantir que estamos construindo produtos que realmente fazem a diferença na vida das pessoas. Ao investir tempo e recursos em entender as necessidades dos nossos usuários, podemos criar experiências mais significativas e aumentar as chances de sucesso do nosso negócio.

Lembre-se: A jornada do usuário é um processo contínuo. É importante realizar pesquisas de forma regular para acompanhar as mudanças nas necessidades e comportamentos dos seus clientes e garantir que o seu produto continue relevante.

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